segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

E a vida? Continua...

E a vida continua, não só na tatuagem no pé, nem no livro do André Luiz.
Ela segue de forma torta e vezes turbulenta, chego a achar que o buraco negro não tem mesmo fim, mas vem a calmaria, o sossego e enfim, a paz.
Passei boa parte da minha vida só olhando as teorias e torcendo o nariz, raramente botava em prática.
Achava lindo agir de forma irracional e por muitas vezes, babaca.
Acontece que enquanto a água gelada não tá batendo na bunda, tá tranquilo.
Enquanto você tá caindo e apenas esfolando o joelho, tudo bem.
O problema é quando fratura. Pode até usar o gesso, mas as sequelas são eternas.
Pra mim confiança e lealdade são bem assim, quebrou, não cola com superbonder, não apaga com pedido de desculpas, não volta atrás igual o botão << do dvd.
No auge do cansaço da rotina instável e da mesmice, mudei.
E não acho que estou perfeita, pelo contrário, perfeição é algo que estou longe de alcançar, pois os defeitos aqui são tantos quantos os buracos da celulite.
Eu não entendo porquê não existe um botão de "amnésia" ou "foda-se" colado no dedo, pra usar pra vida toda, pois isso me pouparia de me preocupar/aborrecer com boa parte das coisas que acontecem por aqui.
Mas, pensando bem, que graça teria? Se a graça da vida tá aí, nas diferenças, nos tombos, nas filhadaputagens alheias, é aí que vem o aprendizado.
Então, mais uma vez na vida, ao invés de reclamar e fazer o papel tão conhecido de "dramaqueen" que fiz a vida toda, vou apenas AGRADECER.
Pelas dores no corpo de mudança de rotina, pelo coração que está muito bem, obrigada, por essas e outras coisas que normalmente me fariam cair de joelhos e hoje só me fazem cada dia melhor e mais forte. 
Nem tudo que eu quero, eu preciso. Nem tudo que eu preciso, eu tenho. 

"ameixas
 ame-as 
 ou deixe-as".
Paulo Leminski

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Quando eu te conheci, ambos éramos adolescentes, sem juízo, sem freios, sem responsabilidades.
O tempo passou e eu de certa forma fiquei presa lá. Naquele tempo onde nada tinha hora, as coisas não custavam caro e pior, os erros não tinham consequencias. Era o que eu pensava. Eu não sabia nada da vida, nós não sabíamos.
Acontece que o tempo passou. Eu cresci, você cresceu. O tempo nos separou.
E hoje, quando tudo que eu mais queria era trazer você de volta, eu me deparo com a distância novamente. Não a distância física nem de horas... mas nós nos separamos. Corpo, alma e coração.
Eu me apaixonei por um menino, te vi como homem e por mais que doa, você ainda continua aquele menino. E eu não posso continuar com isso. Continuar me enganando que de um segundo pro outro você vai aparecer na minha porta e vamos ser felizes para sempre.
Eu não sou perfeita e sei que estou longe de ser, mas, estou aprendendo a me cuidar, me respeitar e acima de tudo, me amar. Em primeiro lugar, sempre.
Hoje eu sou uma mulher madura. Cheia de cicatrizes, lembranças boas e ruins.
Por mais que meu peito pareça que vai se partir no meio quando penso em não pensar em você, eu preciso. Porque não posso cobrar de você algo que você não está pronto pra me dar.
Me sinto de luto. Não por pessoas, mas por sentimentos. Sentimentos estes que eu vou levar pra sempre comigo, mas agora modificados. Estou te colocando aonde você deveria estar há muito tempo, desde antes de começar a me ignorar, desde quando me tratou mal tantas e tantas vezes, desde quando se esqueceu o significado de respeito e reciprocidade.
Estou abrindo mão de você e segurando minha mão, mais forte que nunca. Pois só eu sou capaz de me manter aqui, firme, em pé e seguir adiante.
Te desejo maturidade, pois sei que o resto você consegue sozinho.
Hoje estou de luto. Amanhã? Só saberei quando acordar...

domingo, 2 de setembro de 2012

Boa noite!
Como na maioria das vezes em que sinto um nó na garganta, recorro ao papel ou ao meu digníssimo pc.
Sei que muitas vezes falo demais e isso acaba me prejudicando em todos os sentidos, mas, prefiro ser assim do que ser reprimida e deixar de falar coisas que me incomodam.
Hoje não vim aqui pra reclamar (milagre!).
Vim me despedir de algumas coisas, pra dar espaço para novas coisas.
Dizem que a vida começa quando o ano novo se inicia, pura mentira... pois só nesse ano perdi as contas de quantos começos e finais minha vida já passou. É quase como uma montanha russa.
Amanhã começo num emprego novo, tô feliz, animada, ansiosa. Normal.
E ontem passei boa parte do tempo que fiquei acordada pensando na vida, nas pessoas, no que eu quero e no que eu não quero de jeito nenhum.
Pensar ajuda, mas só pensar não resolve nada.
Eu sei, você sabe, enfim, nós sabemos.
Então...

O QUE FAZER?

Aja.
Grite.
Corra atrás.
Tropece.
Caia.

LEVANTE.

A vida grita o tempo todo para reagirmos e na maioria das vezes o que fazemos é sentar e ficar esperando ela mudar, melhorar, pois bem...não vai acontecer!
Hoje, só hoje, não vou escrever sobre sentimentos, até porque eu seria a pessoa mais hipócrita do mundo, coisa que não sou.
Hoje sou um barco e nessa viagem, tô deixando a maré me levar.

Então seja como tiver que ser...porém... quem rema na direção correta, sou eu.

Um beijo!

quinta-feira, 26 de julho de 2012



Ou Isto ou AquiloOu se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.



Cecília Meireles




Fazia muito, muito tempo que eu não parava um pouco pra pensar, escrever, refletir, rabiscar, analisar, enfim, botar no papel (ou no pc) coisas que me vinham na cabeça.
De Janeiro pra cá mudou coisa pra caramba na minha vida. E acredito que tenham sido boas mudanças, algumas nem tanto.
Hoje eu me peguei lendo esse poema da Cecília Meireles que conheci quando tinha uns 9 anos. E automaticamente senti as mesmas coisas que senti quando li pela primeira vez.
Se tem algo que me incomoda é incerteza. E aquela incerteza certa de que aquilo que você quer não vai acontecer tão cedo? É quase como um tiro no pé continuar tentando e acreditando, mas você é teimoso, persistente e bem, você é burro.
Tenho pensado muito nisso. Incertezas. Medos. Fracassos. Até que ponto vale a pena acreditar no sonho que se tem?
Até que ponto vale a pena lutar?
E desistir? Nunca tive essa palavra no meu dicionário da vida... mas confesso que algumas vezes dá vontade de usá-la. Apertar com gosto o botãozinho do fuódasi e vamos que vamos. Mas na cabeça só. Na vida real é diferente.
A intensidade com que certas coisas acontecem que dão toda cor.
É isso. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

É hora de dar tchau.

Já comecei o ano descumprindo uma das minhas resoluções de ano novo. Falar menos.
Falo demais, escrevo demais, penso demais, quero demais, enfim, o ano começou com a corda toda, cheio de mais mais MAIS.
E eu gosto assim.
Quanto mais difícil o desafio, mais prazer eu tenho em me arrebentar até conseguir realizá-lo.

Ontem vim pra Campinas com meu pai, trazer minhas coisas (faltaram alguns livros, só) para casa da vó, começar (ou recomeçar) uma nova etapa.

Caixas, malas, sacolas.
Meu mundo todo distribuído naquele monte de coisa, tudo ficou confuso, o quarto ficou vazio e...triste.
Sabemos que aqui vai ser melhor pra todas as partes, que vai ser bom pra mim curtir a vó, cuidar dela, trabalhar num lugar novo, fazer a pós graduação, enfim, eu sei de tudo isso, nós sabemos.
Mas o ato de dizer tchau é tão...ruim.

Como sempre, sou péssima com despedidas.

E a única coisa que eu consigo pensar no momento é que vai ser melhor. Vai passar.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Último post do ano (e que ano, hein?!)

2011 pra mim foi um ano de flashbacks, parecia até um filme da minha vida com replay dos "melhores momentos" a cada mês.
Pessoas queridas, outras nem tanto, uns entraram na minha vida, saíram, voltaram, foram embora de vez (amém) e alguns chegaram como quem não quer nada e estão aí mostrando que é possível sim ser legal no séculos XXI.
Esse ano eu tive certeza que a maioria dos erros que eu cometi foram causado por uma doença chamada "burrice crônica" e que tem cura, basta uma bela dose de vergonha na cara e bom senso em doses nada homeopáticas.
Aprendi que respeito é bom, todo mundo gosta mas infelizmente não é todo mundo que tem.
Meu lema pra 2012 é: focar mais, falar menos.
Tá mais pra promessa do que lema porque quem conhece sabe que eu falo demaaaais e na maioria das vezes perco o foco, então vamos nessa!
Que venham mais amores, cores, dores e sabores!
Vem lindo e bem querido, 2012 faceiro.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tô me afastando...


...de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém.
Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem.
Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem.
Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também.
Ultimamente eu só tô querendo ver o 'bom' que todo mundo tem.
Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem?
Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheçoninguém.
Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem.
Tô feliz, to despreocupada com a vida, eu tô de bem.

Caio Fernando Abreu